Dirigir vai muito além de controlar o volante. Envolve tomar decisões rápidas, manter o foco em ambientes complexos e lidar com situações de estresse, exigindo equilíbrio emocional e atenção constante. Por isso, a avaliação psicológica no trânsito é uma ferramenta essencial para garantir que os condutores estejam realmente preparados para enfrentar os desafios das vias. Cabe a dúvida: Quando o teste de avaliação psicológica no trânsito é necessário?
Hoje, essa avaliação já é obrigatória em situações específicas, mas um novo projeto de lei propõe expandir essa exigência para todas as renovações da CNH, reacendendo o debate sobre saúde mental, segurança viária e os direitos e deveres dos motoristas brasileiros.
Nesse artigo, abordamos os seguintes tópicos:
Quando o teste de avaliação psicológica no trânsito é necessário: O que é o teste de avaliação psicológica no trânsito?
A avaliação psicológica é regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia e realizada por profissionais credenciados pelo DETRAN de cada estado.
Ela é dividida em duas etapas principais:
1️⃣ Entrevista psicológica – analisa o comportamento, histórico e reações emocionais do candidato, buscando identificar sinais de ansiedade, impulsividade, agressividade ou instabilidade emocional;
2️⃣ Testes psicológicos – utilizam ferramentas padronizadas para medir atenção, raciocínio lógico, coordenação motora, controle emocional e tomada de decisão sob pressão.
Com base nesses resultados, o candidato pode ser considerado:
- Apto – quando apresenta equilíbrio emocional e atenção compatíveis com a condução;
- Inapto temporariamente – quando há condições que podem ser revertidas com tratamento;
- Inapto – quando os resultados indicam risco à segurança no trânsito.
Atualmente, essa avaliação é obrigatória para:
✔️ Quem está tirando a primeira habilitação;
✔️ Condutores que exercem atividade remunerada ao volante, como motoristas de aplicativo, caminhoneiros e taxistas.
Quando o teste de avaliação psicológica no trânsito é necessário: O que muda com o Projeto de Lei 4111/23
O Projeto de Lei 4111/23, já aprovado no Senado e em análise na Câmara dos Deputados, propõe tornar obrigatória a avaliação psicológica em todas as renovações da CNH, independentemente da categoria.
A justificativa é clara: o estado psicológico do motorista pode mudar com o tempo, influenciado por traumas, estresse crônico, ansiedade, depressão ou uso de medicamentos.
Essas alterações podem comprometer a capacidade de dirigir com segurança, exigindo um controle contínuo, e não apenas uma avaliação inicial.
A proposta também se alinha a movimentos como o Maio Amarelo, que reforçam a importância da atenção e da responsabilidade emocional no trânsito.
Quando o teste de avaliação psicológica no trânsito é necessário: segurança x custo e viabilidade
Embora a medida tenha um objetivo nobre, promover um trânsito mais seguro, o projeto gera discussões.
De um lado, há quem veja a mudança como essencial para reduzir acidentes causados por motoristas impulsivos, distraídos ou emocionalmente instáveis.
De outro, surgem preocupações sobre:
- O custo adicional para os condutores nas renovações;
- A capacidade operacional dos DETRANs de atender milhões de motoristas;
- O risco de avaliações genéricas ou mal conduzidas, que poderiam gerar injustiças.
Um debate necessário
Independentemente da aprovação do projeto, o tema traz à tona uma questão que vai além da burocracia:
a saúde mental dos condutores deve ser tratada com a mesma seriedade que a habilidade técnica ao volante.
Um motorista emocionalmente equilibrado toma decisões mais seguras, evita conflitos e contribui diretamente para a redução de acidentes e mortes no trânsito.
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